Análise | "Marvel's Daredevil" - Episódio 1, "Into the Ring"
A nova série da Marvel, com a Netflix, foi lançada na passada sexta-feira. Todas as semanas, um episódio será comentado nesta rubrica. Pedimos que sejam evitados comentários sobre episódios mais à frente.
Muitos devem conhecer o super-herói do filme de 2003, com Ben Affleck no papel principal. Tendo esse filme sido um fracasso, tanto de crítica como comercial, os fãs já há muito ansiavam uma nova tentativa em trazer o Demolidor de volta. Pois bem, esse momento chegou, e a Marvel acaba de triunfar novamente, introduzindo um novo personagem no seu universo cinematográfico.
O primeiro episódio não segue a via tradicional de apresentar a origem do super-herói. Em vez disso, Matt Murdock já é um vigilante mascarado. Não tem o seu uniforme mais conhecido, mas é um vigilante. A sua origem, por sua vez, é-nos trazida via flashbacks, algo ao estilo de "Lost". Aos poucos, vamos percebendo a complexidade de Murdock, um advogado que, em criança, ficou cego. Ele é movido por uma única coisa: a justiça. E em momento algum ele é tido como mais do que um homem. Apesar de bem treinado para lutar e de um sentido auditivo extremamente apurado (algo evidenciado nas cenas de luta e numa espectacular conversa com outra personagem), Matt Murdock é um improvável super-herói com o álibi perfeito.
É também neste início que conhecemos Karen Page. Enquanto Matt e o seu parceiro Foggy Nelson procuram montar a sua firma, Page é acusada de homicídio e torna-se assim a primeira cliente dos advogados. Enquanto há muito de doce em Karen, também é notável que há muito que ainda poderá ser visto acerca dela. Foggy, por sua vez, é bem mais credível do que a sua versão de cinema tornada comic relief, em 2003.
Além de tudo isto, o episódio ainda nos traz uma menção de alguém cujo nome não pode ser pronunciado. Obviamente, trata-se do vilão Kingpin. No entanto, ainda não tivemos nenhum vislumbre de Vincent D'Onofrio, neste início, embora a presença do poderoso Rei do Crime seja sentida. Veremos o que se segue a esta sublime introdução.
Com apenas um episódio, "Daredevil" surpreende muito. Nunca sendo forçado (que foi o maior erro de "Gotham", por exemplo), faz tudo o que um primeiro episódio tem de fazer. O visual é excelente, a realização é boa, as cenas de acção são bem coreografadas, está bem escrito e as personagens são cativantes e credíveis. Que mais podemos pedir?
Fiquem atentos para a análise ao episódio 2.
Referências ao MCU (Marvel Cinematic Universe):
A série é claramente situada numa Nova Iorque pós-Vingadores, com o ataque de Loki do filme a ser referido aqui como "O Incidente".
Autor: APS Portugal
A nova série da Marvel, com a Netflix, foi lançada na passada sexta-feira. Todas as semanas, um episódio será comentado nesta rubrica. Pedimos que sejam evitados comentários sobre episódios mais à frente.
Muitos devem conhecer o super-herói do filme de 2003, com Ben Affleck no papel principal. Tendo esse filme sido um fracasso, tanto de crítica como comercial, os fãs já há muito ansiavam uma nova tentativa em trazer o Demolidor de volta. Pois bem, esse momento chegou, e a Marvel acaba de triunfar novamente, introduzindo um novo personagem no seu universo cinematográfico.
O primeiro episódio não segue a via tradicional de apresentar a origem do super-herói. Em vez disso, Matt Murdock já é um vigilante mascarado. Não tem o seu uniforme mais conhecido, mas é um vigilante. A sua origem, por sua vez, é-nos trazida via flashbacks, algo ao estilo de "Lost". Aos poucos, vamos percebendo a complexidade de Murdock, um advogado que, em criança, ficou cego. Ele é movido por uma única coisa: a justiça. E em momento algum ele é tido como mais do que um homem. Apesar de bem treinado para lutar e de um sentido auditivo extremamente apurado (algo evidenciado nas cenas de luta e numa espectacular conversa com outra personagem), Matt Murdock é um improvável super-herói com o álibi perfeito.
É também neste início que conhecemos Karen Page. Enquanto Matt e o seu parceiro Foggy Nelson procuram montar a sua firma, Page é acusada de homicídio e torna-se assim a primeira cliente dos advogados. Enquanto há muito de doce em Karen, também é notável que há muito que ainda poderá ser visto acerca dela. Foggy, por sua vez, é bem mais credível do que a sua versão de cinema tornada comic relief, em 2003.
Além de tudo isto, o episódio ainda nos traz uma menção de alguém cujo nome não pode ser pronunciado. Obviamente, trata-se do vilão Kingpin. No entanto, ainda não tivemos nenhum vislumbre de Vincent D'Onofrio, neste início, embora a presença do poderoso Rei do Crime seja sentida. Veremos o que se segue a esta sublime introdução.
Com apenas um episódio, "Daredevil" surpreende muito. Nunca sendo forçado (que foi o maior erro de "Gotham", por exemplo), faz tudo o que um primeiro episódio tem de fazer. O visual é excelente, a realização é boa, as cenas de acção são bem coreografadas, está bem escrito e as personagens são cativantes e credíveis. Que mais podemos pedir?
Fiquem atentos para a análise ao episódio 2.
Referências ao MCU (Marvel Cinematic Universe):
A série é claramente situada numa Nova Iorque pós-Vingadores, com o ataque de Loki do filme a ser referido aqui como "O Incidente".
Autor: APS Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário