House of Cards | 3x04 "Chapter 30" - "Is this how you live with yourself? By rationalizing the obscene into the palatable?"
O Presidente que comece a repensar estratégias, porque agora não está sozinho no ringue. Contar com a rivalidade dos Republicanos é já o pão nosso de cada dia, o problema é quando a Procuradora Geral dos EUA apresenta a sua candidatura à presidência.
O episódio ganhou na medida em que desta vez quem estava com os dados era Heather Dunbar, desde o início. O assunto dos drones que mataram a família de um civil e o puseram numa cadeira de rodas voltou à ribalta. Como planeado por Francis, a culpa foi assumida pelos EUA, Dunbar apresentou-se no Supremo Tribunal e deu o discurso emocional. Numa pequena reunião com o Presidente, este propõe-lhe um cargo no próprio Supremo Tribunal, um sonho para a mulher. O erro foi Francis não ter feito o seu trabalho de casa. O cargo seria aquele de Robert, o homem que Underwood convenceu a ficar a trabalhar, mesmo com o aparecimento de Alzheimer. Agora, queria afastá-lo.
Um dos problemas destes políticos (que por vezes até funciona) é o de falar com as pessoas na cronologia errada. Primeiro Robert, depois Dunbar. Mas Underwood propôs o cargo e depois foi tentar convencer o homem do contrário daquilo de que o convencera anteriormente. Resultado – Robert ficou ofendido com a agressividade do Presidente e, como disse anteriormente, Francis falhou no trabalho de casa, porque Robert tem uma ótima relação com Dunbar. Numa revolta pelo sistema corrupto, a mulher das leis decide que chega da corrupção democrata liderada pela Sala Oval, e toca a iniciar campanha. “See you in Iowa”, atira ao Presidente.
Para adoçar a rivalidade que se aproxima, Doug apresentou proposta para entrar na equipa de Heather. Pessoalmente, esta possível aliança, se se formar, acho que terá algumas pitadas do jogo duplo de Homeland – um dos mais leais servos do Presidente na equipa adversária? Vingança pelo bloqueio de voltar ao seu cargo ou obtenção de informações da concorrência para reportar ao seu tão adorado amo?
Ouve-se também falar da questão do Vale do Jordão, que agora choca com Corringan, um ativista dos direitos gays recentemente preso em território Russo. Avizinha-se um clima de Guerra Fria, com a extração do jovem, só pode ser bom.
Mas o episódio culmina no final, na igreja, entre o padre e Francis. Discurso otimamente conseguido, voltando a lembrar-nos que este homem nem nos momentos de maior fraqueza admite estar abaixo do amor ou de Deus.
Com ataques de fora e cá dentro a vida ainda mais dificultada, começa a apertar para Underwood. E o homem nem se vai candidatar, não é verdade? Imaginem se o fizesse.
Autor: APS Portugal
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