Person of Interest | Review 4x05 - "Prophets"
[CUIDADO, SPOILERS ESTÃO A OBSERVAR-TE]
De todas as quatro temporadas este foi, para mim, um dos melhores episódios até ao momento. Ainda estou arrepiada por recordá-lo, pois não foi apenas bom, foi também assustador e acima de tudo bonito.
A guerra de titãs começa a entrar, finalmente, nas vidas da sociedade. Já não é apenas uma guerra privada, entre os exércitos de cada lado, e agora o seu domínio é público.
E a luta não se faz apenas entre dois deuses tecnológicos - Machine e Samaritan - mas acima de tudo a luta rege-se num nível emocional, entre as ordens computorizadas e as emoções humanas - é importante não esquecer isto: As acções são artificiais mas as consequências são humanas e reais e, ao contrário de um computador, é impossível desligar as emoções, como pudemos constatar pelos diálogos entre Harold Finch e Root.
Entre política e flashbacks, pudemos ter um vislumbre do que poderá vir a acontecer num futuro próximo. Não se trata apenas de sobrevivência, com algumas casualidades pelo caminho, trata-se, afinal, de uma manipulação e controlo social a um grande nível.
O conceito de casualidade já não deve ser referente a uma morte física mas a uma perda de controlo na vida de cada pessoa considerada irrelevante, ainda que estas, fisicamente, estejam vivas. E isto é muito mais grave. Simon Lee, o número da semana, foi apenas um pequeno exemplo. Os resultados das votações e a confirmação de quem (ou no caso, o quê) estava a infiltrado em todos os cantos políticos foi um choque. Saudemos o novo "governador" da nova ordem mundial: Samaritan!
A beleza do episódio encontrou-se, acima de tudo, no lado humano, no foco dos relacionamentos desenvolvidos entre as pessoas da equipa Machine. Primeiro, de uma forma prática, na dinâmica excelente entre Harold Finch e Root (alegra-me saber que produtores e argumentistas estão a aproveitar isto esta temporada), que foi levada a um dos seus máximos esta semana. Depois, de uma forma mais teórica, através dos diálogos entre estes dois, em que não apenas falam sobre o seu relacionamento ("You are a brilliant woman, a comrade...and a friend" - Finch para Root) mas também se referem à ligação entre Root e Shaw.
Os flashbacks com Nathan explicaram a relutância de Harold relativamente à liberdade da Machine. Agora entendo-o.
Durante a criação da mesma, a Machine fez uso da sua super inteligência artificial para se escapar de uma jaula humana e libertar-se pelo mundo, tal como uma criança curiosa pelas coisas ao seu redor, sem a noção das consequências negativas das suas atitudes. Parece-me que Harold conseguiu educá-la um pouco, o que a tornou na Machine que conhecemos das primeiras temporadas, mas essa educação não teve o Samaritan, o que o torna muito perigoso. E, embora a Machine esteja autónoma agora, no fundo ainda precisa de Harold - tal como uma criança necessita do seu pai.
Gostaram do episódio? E o que pensam sobre o mesmo?
in Person of Interest (Portugal)
Autor: APS Portugal
[CUIDADO, SPOILERS ESTÃO A OBSERVAR-TE]
De todas as quatro temporadas este foi, para mim, um dos melhores episódios até ao momento. Ainda estou arrepiada por recordá-lo, pois não foi apenas bom, foi também assustador e acima de tudo bonito.
A guerra de titãs começa a entrar, finalmente, nas vidas da sociedade. Já não é apenas uma guerra privada, entre os exércitos de cada lado, e agora o seu domínio é público.
E a luta não se faz apenas entre dois deuses tecnológicos - Machine e Samaritan - mas acima de tudo a luta rege-se num nível emocional, entre as ordens computorizadas e as emoções humanas - é importante não esquecer isto: As acções são artificiais mas as consequências são humanas e reais e, ao contrário de um computador, é impossível desligar as emoções, como pudemos constatar pelos diálogos entre Harold Finch e Root.
Entre política e flashbacks, pudemos ter um vislumbre do que poderá vir a acontecer num futuro próximo. Não se trata apenas de sobrevivência, com algumas casualidades pelo caminho, trata-se, afinal, de uma manipulação e controlo social a um grande nível.
O conceito de casualidade já não deve ser referente a uma morte física mas a uma perda de controlo na vida de cada pessoa considerada irrelevante, ainda que estas, fisicamente, estejam vivas. E isto é muito mais grave. Simon Lee, o número da semana, foi apenas um pequeno exemplo. Os resultados das votações e a confirmação de quem (ou no caso, o quê) estava a infiltrado em todos os cantos políticos foi um choque. Saudemos o novo "governador" da nova ordem mundial: Samaritan!
A beleza do episódio encontrou-se, acima de tudo, no lado humano, no foco dos relacionamentos desenvolvidos entre as pessoas da equipa Machine. Primeiro, de uma forma prática, na dinâmica excelente entre Harold Finch e Root (alegra-me saber que produtores e argumentistas estão a aproveitar isto esta temporada), que foi levada a um dos seus máximos esta semana. Depois, de uma forma mais teórica, através dos diálogos entre estes dois, em que não apenas falam sobre o seu relacionamento ("You are a brilliant woman, a comrade...and a friend" - Finch para Root) mas também se referem à ligação entre Root e Shaw.
Os flashbacks com Nathan explicaram a relutância de Harold relativamente à liberdade da Machine. Agora entendo-o.
Durante a criação da mesma, a Machine fez uso da sua super inteligência artificial para se escapar de uma jaula humana e libertar-se pelo mundo, tal como uma criança curiosa pelas coisas ao seu redor, sem a noção das consequências negativas das suas atitudes. Parece-me que Harold conseguiu educá-la um pouco, o que a tornou na Machine que conhecemos das primeiras temporadas, mas essa educação não teve o Samaritan, o que o torna muito perigoso. E, embora a Machine esteja autónoma agora, no fundo ainda precisa de Harold - tal como uma criança necessita do seu pai.
Gostaram do episódio? E o que pensam sobre o mesmo?
in Person of Interest (Portugal)
Autor: APS Portugal
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