- O RED KEEP PELO PONTO DE VISTA DE JOFFREY BARATHEON -
“Meu. É isso que o Red Keep é. Os plebeus dizem que a cor vem do sangue que Aegon derramou para conquistar a coroa. Tolos. A pedra não absorve sangue, não importa o quanto eu tente.
Aegon construiu o seu castelo com pedras vermelhas para lembrar o povo do fogo em que queimou os seus inimigos. Assim, sempre que King’s Landing olhasse para cima, veriam o preço da rebeldia. Ele sabia a primeira regra dos réis: somente o medo mantém os homens na linha. Medo e castigo.
Uma lição que ensinou ao seu filho, Maegor. Quando os construtores terminaram o Red Keep, Maegor executou-os a todos para manter os seus segredos a salvo. Rumores dizem que há quilómetros de passagens secretas por detrás das paredes e sob o chão. Um dia terei de encontra-las. Apenas traidores e mulheres trabalham nas sombras, um rei não precisa de segredos. Hoje as pessoas chamam Maegor de “O Cruel”, mas duvido que ousassem chama-lo assim naquela época. A sua força era muito rara no sangue degenerado dos Targaryen.
O cínico Baelor, o Abençoado, criou o Cofre das Donzelas para prender as próprias irmãs e se livrar de pensamentos carnais. Asqueroso. Mas admito que um Cofre de Príncipes poderia ser interessante, quando o Tommen me entedia. O meu lugar favorito no Red Keep? São tantos. O Passeio dos Traidores, onde coloco as cabeças dos meus inimigos. É uma pena que a carne apodreça tão vagarosamente, já estou a ficar sem lanças.
As masmorras também são simpáticas depois de passar os dois primeiros andares. Celas para criminosos comuns e outras privadas para nobres úteis. Um tédio, eu sei. Mas depois, chegamos às celas negras. Sem janelas, sem tochas, apenas escuridão e o que ouvirem lá com vocês. É aqui que mantemos os maiores traidores até que o rei possa lidar com eles. E com estes, gosto de levar o meu tempo.
Mas ouvi rumores de um andar ainda mais baixo, escondido, o preferido de Maegor. Quando um homem era levado para aqui, nunca mais via o sol, ouvia a voz humana nem respirava sem uma dor agonizante. Varys deve conhecer o caminho, mas aquela “rapariga crescida” finge que não. Talvez tema que eu o transforme numa vítima, talvez o faça.
Mas as câmaras de tortura são tão privadas. É melhor punir os inimigos onde todos possam ver e se lembrar, como aquele Targaryen que forçou o sobrinho a assistir enquanto deu a mãe traidora a um dragão para comer... ah, o que eu faria com um dragão! Até Aerys, tolo como era, sabia queimar os homens diante de um público para espalhar o terror por todos os seus reinos...
Claro! Agora sei qual é o meu lugar favorito: quando me sento no Trono de Ferro, no alto do Red Keep com todo Westeros sob mim, como insectos à espera do meu calcanhar...”
In Game of Thrones (Portugal)
#apsportugal
Autor: APS Portugal
“Meu. É isso que o Red Keep é. Os plebeus dizem que a cor vem do sangue que Aegon derramou para conquistar a coroa. Tolos. A pedra não absorve sangue, não importa o quanto eu tente.
Aegon construiu o seu castelo com pedras vermelhas para lembrar o povo do fogo em que queimou os seus inimigos. Assim, sempre que King’s Landing olhasse para cima, veriam o preço da rebeldia. Ele sabia a primeira regra dos réis: somente o medo mantém os homens na linha. Medo e castigo.
Uma lição que ensinou ao seu filho, Maegor. Quando os construtores terminaram o Red Keep, Maegor executou-os a todos para manter os seus segredos a salvo. Rumores dizem que há quilómetros de passagens secretas por detrás das paredes e sob o chão. Um dia terei de encontra-las. Apenas traidores e mulheres trabalham nas sombras, um rei não precisa de segredos. Hoje as pessoas chamam Maegor de “O Cruel”, mas duvido que ousassem chama-lo assim naquela época. A sua força era muito rara no sangue degenerado dos Targaryen.
O cínico Baelor, o Abençoado, criou o Cofre das Donzelas para prender as próprias irmãs e se livrar de pensamentos carnais. Asqueroso. Mas admito que um Cofre de Príncipes poderia ser interessante, quando o Tommen me entedia. O meu lugar favorito no Red Keep? São tantos. O Passeio dos Traidores, onde coloco as cabeças dos meus inimigos. É uma pena que a carne apodreça tão vagarosamente, já estou a ficar sem lanças.
As masmorras também são simpáticas depois de passar os dois primeiros andares. Celas para criminosos comuns e outras privadas para nobres úteis. Um tédio, eu sei. Mas depois, chegamos às celas negras. Sem janelas, sem tochas, apenas escuridão e o que ouvirem lá com vocês. É aqui que mantemos os maiores traidores até que o rei possa lidar com eles. E com estes, gosto de levar o meu tempo.
Mas ouvi rumores de um andar ainda mais baixo, escondido, o preferido de Maegor. Quando um homem era levado para aqui, nunca mais via o sol, ouvia a voz humana nem respirava sem uma dor agonizante. Varys deve conhecer o caminho, mas aquela “rapariga crescida” finge que não. Talvez tema que eu o transforme numa vítima, talvez o faça.
Mas as câmaras de tortura são tão privadas. É melhor punir os inimigos onde todos possam ver e se lembrar, como aquele Targaryen que forçou o sobrinho a assistir enquanto deu a mãe traidora a um dragão para comer... ah, o que eu faria com um dragão! Até Aerys, tolo como era, sabia queimar os homens diante de um público para espalhar o terror por todos os seus reinos...
Claro! Agora sei qual é o meu lugar favorito: quando me sento no Trono de Ferro, no alto do Red Keep com todo Westeros sob mim, como insectos à espera do meu calcanhar...”
In Game of Thrones (Portugal)
#apsportugal
Autor: APS Portugal
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