sábado, 29 de março de 2014

APS Review The Good Wife 5X15 Às vezes, a vida prega-nos partidas. E, às vezes,...

APS Review

The Good Wife 5X15



Às vezes, a vida prega-nos partidas. E, às vezes, também a nossa série favorita, que passamos cinco anos da nossa vida a viver com estas personagens, nos prega partidas.

Mas há partidas e há Partidas. Penso que será unânime dizer que o episódio de Domingo pregou-nos uma partida dos diabos.

Fomos prometidos um choque. Fomos prometidos um episódio que nunca seria olvidado. Em retrospetiva, os sinais estavam lá. Se voltarmos atrás, veremos os pequenos indícios, os pequenos detalhes de dedo levantado a dizer “estou aqui!” e vês-te de braços com uma situação impossível.



Mas passando ao episódio em si, esta semana voltamos a visitar o caso do Jeffrey Grant, um miúdo acusado de assassinar uma jovem depois de a violar. Este caso já tinha sido tratado anteriormente, no início da quinta temporada. Mas rapidamente ganhou contornos fatídicos, à medida que o Will enfrentava um novo obstáculo ao seu raciocínio lógico: todas as defesas possíveis e inconcebíveis foram lançadas, cada pedra revirada, à procura daquele pedaço de verdade.

Mas o Will, sendo o Will, não desistiu. Levantou os braços e continuou, pois ele sabia da inocência do seu cliente (quando mais ninguém, mesmo incluindo a Diane e a Kalinda, acreditavam). Talvez. E, talvez, se não tivesse acreditado, não fosse ele naquele tribunal. mas, se não fosse ele, seria Alicia. E sem Alicia, a série não podia mesmo continuar. O que seria de “The Good Wife” sem a “Good Wife”? É uma pergunta assustadora. Mas que faz sentido, dados os acontecimentos.

E como este episódio assentou essencialmente no Will, é natural que a nossa review também o faça.

Tivemos o agente do Office of Public Integrity ameaçar a Alicia, se ela não testemunhasse livremente. Ameaçou-a com o Will, sem mais nem menos, dizendo que o testemunho dele seria essencial. mas, sendo a nossa Alicia, ela tratou dele com um punho de ferro. E as paredes erguidas a meio do episódio quinto da temporada, Hitting the Fan, desapareceram um pouco; Mesmo tendo sido ‘aliciada’ com a perspetiva de ganhar um novo cliente, a nossa Alicia decidiu confiar ao Will este pequeno ‘back-stabbing’ por parte dos clientes. E quando assim aconteceu, a Alicia e o Will partilharam um momento suave, leve, onde pareciam eles mesmos há uns meses - e episódios atrás - bons amigos, que se riam das piadas uns dos outros, e que, acima de tudo, se sentiam à vontade. Foi um momento agridoce, quando chegámos ao final o episódio. Mas foi mais que estávamos à espera.

Mas não foi só com Alicia que Will partilhou destes momentos… Não, Kalinda, que se sentia debruçada com a ideia de sair Lockhart/Gardner, enfrentou o patrão e o companheiro de longa data - afinal, tal como o Will disse, “I’ll have your back if you have mine.”. Kalinda pôs a hipótese de se afastar do trabalho de investigação que exercia na Lockhart/Gardner. No entanto, as palavras de Will foram certeiras: ela adorava demasiado aquele trabalho, adorava demasiado aquele ecstasy de quando descobria a pista fundamental que permitia aos advogados ganhar. Aquela euforia seria perdida e não seria fácil para ela - porque ela era demasiado boa no que fazia e o que ela fazia, e faz, é demasiado fulcral.

E foi exactamente no mesmo momento que Kalinda descobriu aquela peça fundamental que o mundo desabou: Jeffrey Grant, o acusado, que estava a ser defendido por Will, pegou na arma de um dos guardas e pôs-se a disparar… E o advogado da Lockhart/Gardner foi daqueles apanhado no fogo-cruzado. Tal como Diane viria a dizer, ‘he doesn’t look like himself.”

E que verdade inabalável.

E, inabalável, não será decerto a Alicia quando a noticia lhe chegar aos ouvidos. E, para terminar, reparam nos paralelos formados entre a cena de telefonarem ao Eli e o voice mail que o Eli apagou, no final da primeira temporada?



Maneira de acabar um ciclo… Melhor, não há.



In The Good Wife (Portugal)







Autor: APS Portugal

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